segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Carnaval

O Brasil é um país de inúmeras festas.
É assombroso o número de feriados
no calendário anual.
Mas, se somarmos os dias
que são emendados,
teremos ao longo do ano,
mais de quinze dias parados.

Segundo especialistas do assunto,
os prejuízos são enormes
para o País.

Agora, nesta época,
temos o feriado de carnaval.
Em alguns lugares perde-se
mais de uma semana de trabalho.
É o festejo da alegria
num País de quase 40 milhões
de miseráveis.

Desde o início de janeiro a mídia
vem explorando as folias de Momo,
como se fosse o acontecimento
mais importante do ano.

Fala-se em alegria,
festa,
colocar para fora
as angústias contidas durante
o ano passado.

Infelizmente os caminhos propostos
nada têm a ver com alegria
ou alívio de tensões.
Entretanto,
o grande saldo da festa
se resume em duas palavras:
ilusão e sensualidade.

Referimo-nos à ilusão dos entorpecentes,
dos alcoólicos.
A ilusão de grandeza,
que falsamente produz um
imenso contraste entre
a beleza da avenida e a
subvida dos barracos.

Falamos da sensualidade
que se torna material de venda,
nos corpos desnudos
e aparentemente felizes por fora,
mas muitas vezes profundamente
infelizes por dentro.

As emissoras não cansam de
exibir os bailes,
os concursos de fantasias,
os desfiles,
levando-os a todos os
que se comprazem em
observar a loucura.

Mas,
ao longo do caminho,
multiplicam-se os doentes de Aids,
os abortamentos,
a pobreza e o abandono,
a violência.

Com o risco de
sermos taxados de moralistas,
num tempo em que
se perdem as noções de moralidade,
não podemos deixar
de analisar criticamente esses
disparates do mundo brasileiro.

Em nenhum momento
nos colocamos contra a alegria.
Porém,
será justo confundir
euforia passageira com
alegria real?

Alegria de verdade seria
viver num lugar onde não
houvesse fome,
violência,
tráfico de drogas e tráfico
de influências.

Não podemos nos colocar
contra o alívio de tensões.
Entretanto,
alívio real seria encontrar
um caminho para os graves
problemas pelos quais o
País atravessa.

O carnaval é bem típico da
alienação espiritual que a
sociedade se permite.
De um lado,
as falsas aquisições
sociais de alguns,
negadas pela agressividade
de muitos; de outro,
a falsa felicidade de quatro
dias de folia,
e 361 dias de novas e
renovadas angústias.

Vale a pena?

Nestas horas,
pessoas embriagadas,
perdidas,
usam um segundo de falso prazer,
em troca de um enorme
tempo de arrependimentos.

Por quê? - perguntamos.

As pessoas pulam,
vibram,
e nem ao menos sabem
o motivo da festa.
Vão porque as outras pessoas
também vão.

Enquanto a sociedade agir
desta forma,
sem personalidade digna,
dando valores justamente aos desvalores,
as pessoas continuarão sofrendo
as conseqüências de seus
próprios atos.

Vamos fazer destes dias de feriado,
dias de alegria verdadeira,
em paz conosco mesmos.
Vamos meditar, ler, pensar.
Vamos conviver com nossa
família e amigos,
trocar idéias salutares.
Vamos orar também por
aqueles que ainda não tiveram
consciência de fazer o bem
conforme o Cristo nos recomendou,
e padecem nestes instantes de
euforia descontrolada.

Não queremos fazer apologia
da moralidade,
mas refletirmos sobre
esta festa “profana”,
o Carnaval.

Lembremo-nos das conseqüências
nocivas pós festa:
gravidez seguida de aborto,
depressão pois muitas de nós
acreditamos no príncipe
e suas promessas,
doenças sexualmente transmissíveis
e a mais terrível delas a AIDS.

E agora, o que fazer,
valeu algumas horas de
prazer aproveitando a vida”?

Pensemos com seriedade e
responsabilidade sobre esses
dias de folia.

Aproveitem esses dias de
forma segura e agradável.

TEXTO: Equipe de Redação do Momento Espírita
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 06 de Março de 2.011.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Os nós e nós

Quando queremos
que alguma coisa fique
ancorada à nossa vida,
fazemos de tudo para
mantê-la presa à nós.

Criamos laços e os apertamos
com todo nosso coração.

Os nós fazem parte de nós.

Infelizmente,
nem tudo o que se apega
a nós é bom e útil.

Se prezamos ter laços
afetivos e pedaços de memórias
agarradas definitivamente
à nossa pele,
há aqueles nós que se
apegam sem que nossa
permissão seja pedida
e sem que tenhamos
forças para desatá-los.

Esses nos acompanham
e nos adoecem.

Viver com nós na garganta,
que não descem e nem saem,
nos deixa deficientes.
Avançamos em algumas
outras coisas,
mas o não resolvido fica,
como um espinho na carne.

Aquilo que não conseguimos
engolir é o perdão que não
conseguimos oferecer,
é o esclarecimento que
nunca nos foi dado,
são os porquês nunca
respondidos.

A gente caminha,
mas sente que algo ficou
pra trás e muitas das dores
de garganta que não conseguimos
curar são emoções presas
das quais não soubemos
nos livrar.

O que fica atravessado
diante de nós é o peso que
carregamos por vezes
por anos e anos.

O dia bendito em que
conseguimos colocar em
palavras e lágrimas aquilo
que nos ofendeu,
entrou em nós e ficou,
o sol desponta no horizonte
como se fosse seu
primeiro dia.

Ah, Deus,
se tivéssemos sempre
a coragem de abrir nosso
coração e gritar nossa mágoa,
quão mais leves e sãos
poderíamos viver!

Por que esse medo de expôr
o que nos desagrada?

Por que temer ferir o outro
quando estamos,
nós mesmos e inteiramente,
sangrando?

Por que a felicidade alheia,
se felicidade alheia há,
é mais importante que a nossa?

Grande parte dos nossos problemas,
das nossas doenças até físicas,
são falta de comunicação.
Por que não dizemos,
não passamos ao outro
o que sentimos,
não falamos do sentimento
de injustiça que sentimos e do
quanto isso nos abala.

Falar é importante.
No bom momento,
claro,
que com sabedoria
deve ser escolhido,
mas é muito importante.

O que não dizemos,
o outro não é obrigado
a adivinhar e isso nunca
podemos cobrar.

Os nós não resolvidos
atam nossa vida a um
certo momento.

Não crescemos como
convém e mesmo nosso
riso é sempre manchado por
uma pinta de tristeza que
traduz nosso olhar.

Quando sentiu que tinha
que se revoltar no Templo,
Jesus se revoltou,
nenhuma palavra poupou;
quando a dor e tristeza foram
grandes demais no seu seio,
Ele chorou;
quando o cálice tornou-se
por demais amargo,
falou com o Pai...

A liberdade só nos chega
quando liberamos nosso ser,
quando oferecemos ao
outro o direito de ouvir,
perdoamos o que deve ser
perdoado e aceitamos o que
deve ser aceitado.

Se criamos a coragem de desatar,
devagar, certo, mas desatar,
um a um os laços que
nos incomodam,
liberamos uma a uma
as ansiedades,
os males que nos doem
física e psicologicamente.

Nessas horas nosso coração
bate de maneira diferente,
respiramos mais ar puro
e nossos olhos se abrem para
novos horizontes.

Só um pequeno passo,
um muito de coragem e uma
nova vida pode começar.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 27 de Fevereiro de 2.011.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Para seguir viagem

Cuide das suas emoções!
Elas garantem a sua
estabilidade e a vida longa.

Os que sentem
saudade além da medida,
vivem do passado que
não volta,
e não conseguem
presenciar o presente,
encurtam o futuro.

Mais uma forma disfarçada
de suicídio...

Não guarde tantas emoções!
Extravase-as,
liberte cada sentimento.
Doe-se, ame, goste,
desgoste, sinta a sua raiva,
mas perdoe sempre,
é mais prudente e sensato.

Aquele que carrega o ódio,
leva uma cruz,
sofre sempre em dobro,
pela lembrança que
não se apaga,
e pela doença que
se instala e a radiografia
nem sempre mostra.

Cuidado com quem
você briga!
Cuidado com quem você se
lança ao desafio!
Cuidado com o que você fala!
Preste atenção nos seus
sentimentos.

Quantas mágoas você carrega
e nem percebe?

Aquela dor no estômago
que nunca cessa,
pode ser a ausência que
você não esquece.
Aquele nódulo estranho,
pode ser o luto mal resolvido.
O amargo na boca,
um amor mal resolvido,
o nervosismo,
amor mal-vivido.

Sempre é tempo para dar
um basta na solidão,
de libertar-se das correntes
da ingratidão,
de usar a força mágica
do perdão.

Para seguir viagem,
para ser mais saudável,
libere as suas emoções.
Compartilhe mais,
guarde menos,
seja breve com as emoções
que afligem,
mas eterno com o amor que
tudo perdoa,
liberta e faz crescer.

Eu acredito em você

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 20 de Fevereiro de 2.011.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Uma virtude inestimável

Nossa concepção de tempo
muito tem a ver
com o estado de ansiedade
que nos encontramos.

Assim,
uma hora pode parecer
uma eternidade
e alguns momentos de felicidade
podem se evacuar como
se o relógio se apressasse
dez vezes mais.

Quem quer parar o tempo
o vê passar entre
os dedos como a mais fina
areia e quem
quer ver correr o hoje
para chegar logo o amanhã
precisa acalmar
o coração.

Há coisas que não
controlamos e quaisquer
que forem nossas ansiedades,
cada minuto pega o
devido tempo para
ser percorrido.

O fruto colhido no devido
tempo e estação é muito
mais saboroso.

Quando esperamos,
sempre esperamos demais
no nosso ver.

Quando pedimos,
já queríamos que fosse
para ontem e nos esquecemos
que existe uma ordem
natural para todas as coisas.

As bênçãos de Deus não tardam...
elas chegam na hora
exata que devem chegar e o
que nos causa sofrimento
e agonia é a pressa de
querer ver resultados.

Se nos entregamos
inteiramente
aos cuidados de Deus,
sabemos que as promessas
que recebemos serão
cumpridas no tempo previsto,
não por nós,
mas por Aquele que
conhece o mais profundo
do nosso âmado e a mais pequenina
das nossas necessidades.

Descansar nas promessas
Divinas faz do nosso
dia-a-dia melhor,
nos torna serenos e exemplo
para aqueles que não
conseguem controlar
a ansiedade.

A fé nos sustenta,
alimenta nosso espírito
e nos faz agradáveis aos
olhos de Deus.

Esperar por uma promessa
pode ser a maior de
todas as provações,
mas bendito é aquele que espera,
não baixa a cabeça,
olha para a frente e confia.

Esse comerá do fruto da vitória,
pois cada estação nos
oferece o que ela tem de
melhor e a paciência é uma
virtude inestimável.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 13 de Fevereiro de 2.011.