segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Amantes da Sabedoria

Buscar uma explicação
para os acontecimentos
na sua vida,
sem passar pelos mitos,
usando a Razão,
não como desculpa para os
erros que cometemos,
mas como fonte de informação
para a nossa melhoria,
é a mais pura Filosofia.

Para tanto,
você pode ler os
grandes Filósofos,
pode estudar as ciências,
a psicologia, a matemática,
a história e se debruçar
sobra as artes.

Todo conhecimento adquirido
é tesouro inestimável,
é a sua bagagem pela eternidade,
que não pesa,
não incomoda e não tem
pagamentos de taxas
extraordinárias,
mas, ainda assim,
com todo conhecimento adquirido,
você será chamado pelo Tempo,
no seu dia a dia,
a debruçar-se sobre a filosofia
da sua vida,
e assim,
tomar um posicionamento
baseado na sua experiência diária,
que é única,
e nenhum sábio,
é capaz de dizer para onde ir,
o que fazer ou o que
deixar de fazer.

No máximo,
poderá obter uma
orientação de caminhos a seguir,
mas quem deverá colocar
a mão na maçaneta
e escolher a porta que
deverá ser aberta é você.

Por isso,
preste atenção aos
detalhes da vida!

Não faça de cada problema
um motivo de fuga,
não deixe a bola dos acontecimentos
crescer de tal forma que
vire uma avalanche.

Repare nas suas atitudes,
na sua postura diante
das dificuldades.

Nós somos formados por hábitos,
costumes que vamos
adquirindo e quase sempre,
reagimos do mesmo modo diante
de situações idênticas,
por isso,
persistimos nos erros.

Se uma situação negativa
se repete na sua vida,
não culpe os deuses,
nem aos anjos,
muito menos procure um
culpado no rol de amigos,
antes, reflita nas suas atitudes,
nas palavras que tem usado,
na maneira que tem tratado as
pessoas próximas e até
os desconhecidos.

- Como vai a sua paciência?
Você ainda sabe o que é isso?
- Como vai o seu poder de perdoar?
- Como você gasta o seu dinheiro?
- Quanto separa mensalmente para poupar?
- No relacionamento
você dá o que espera receber?
- Nas amizades,
ouve ou quer ser sempre ouvido(a)?
- Você fala demais,
ouve pouco,
ou justamente o contrário?

Tudo deve ser motivo de
uma reflexão sincera,
mas amorosa,
sem julgamentos,
apenas focado nas ações
e no que pode ser melhorado.

Mesmo quem está atolado em dívidas,
pode começar uma poupança,
se determinando a guardar 10%
de tudo o que entra nos seus bolsos,
desde que lembre-se que poupar
não é guardar o que sobra,
e sim,
separar uma parte do
que ganha para realizar um sonho.

Por falar nisso:
- Qual é o seu maior sonho agora?

Filosofia da sua vida
é dedicar-se amorosamente
ao estudo das suas atitudes
e com humildade,
se preciso for,
recomeçar,
reiniciar no processo
de se descobrir
e finalmente perceber,
que dentro de você,
habita um ser maravilhoso,
cheio de possibilidades e
capacidade infinita de se transformar.

Filosofia não é um simples
exercício poético,
mas o ponto de partida para o
autoconhecimento,
que leva invariavelmente
a vitória pessoal,
a conquista dos sonhos
mais distantes,
e a um estado de paz que
não tem preço,
ainda que algumas perguntas
fiquem sem respostas momentâneas.

Descubra-se!

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 28 de Novembro de 2.010.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Quando faz frio no coração

Todo nosso eu é construído do emocional.
E a soma dos acontecimentos,
o tamanho deles,
a forma ou o momento em que
chegam criam barreiras entre
nós e os outros,
às vezes nós e o mundo.

Quando faz frio no coração,
nós nos afastamos
de tudo aquilo que poderá tocá-lo.
Criamos um muro invisível
para protegê-lo e proteger-nos,
duvidamos das pessoas,
da sinceridade delas,
das suas boas intenções.

Esses invernos rigorosos
da vida fazem com que nos
sintamos mais sós,
nos esquecemos de olhar um
pouco para fora e olhamos
muito para dentro.

E quando mais pensamos nas
nossas tristezas,
mais tristes nos sentimos,
o que cria esse círculo vicioso do
qual é difícil se livrar.

E quando esses períodos
de festas se aproximam em
que todos falam tanto de amor,
solidariedade,
perdão e compreensão,
o que possuem o coração apertado
o sentem mais pequenininho ainda.

Uma maneira de reverter essa situação,
é oferecer o que precisamos.
Mudando nossa mentalidade,
mudamos o mundo.
Para abrir o coração das pessoas,
precisamos abrir o nosso.

São nossas mãos que devem
derrubar as primeiras barreiras
que nos separam
das pessoas e da vida.

É a luz que possuímos que
deve ser a primeira a nos aquecer,
a iluminar nossos passos,
ninguém pode ver por nós,
caminhar por nós e menos
ainda sentir por nós.

Quando fazemos pelos outros,
estamos concentrando
nossas energias em algo externo
a nós e quando pensamos
menos na carga que carregamos,
ela parece mais leve,
mais suportável.

Quando faz frio no nosso coração,
devemos agasalhá-lo para que
ele passe melhor pelo inverno,
que passará,
como passam todas as
outras estações.

Aquele que aprende a plantar uma flor,
planta muito mais que uma flor,
ele faz nascer a esperança no mundo.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 21 de Novembro de 2.010.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Setenta vezes sete

Temos o direito de errar
ao longo da nossa vida.

Guiados pelo coração
ou emoções que controlam o que
nosso juízo deveria controlar,
vamos de tropeço em tropeço.

Não estamos condenados eternamente
porque somos humanos.

O que não podemos,
portanto,
é repetir vezes e vezes
os mesmos erros e achar a cada
vez que tudo pode ser justificado.
Errar? Pecar?
Faz parte, infelizmente,
do caminho,
da quota de cada um.

Quando cometemos nossos
deslizes e que a vida
nos dá uma nova oportunidade
de recomeçar,
é loucura pensar que o
perdão nos é devido
indefinidamente e querer,
de forma absurda,
atingir o setenta vezes sete.

Cada pessoa e cada coisa
tem seu limite.
Repetir erros e enganos
contra os que nos amam
simplesmente porque sabemos
que um coração que ama
sabe perdoar,
é abusar da confiança que
depositam em nós,
é desrespeitar o outro
como pessoa.

Suportar e suportar erros
em nome do amor pode
parecer heróico.

O perdão é algo que exige
de nós uma força quase inhumana
e sabemos bem que
para realmente perdoar
precisamos abandonar o nosso
eu que pede justiça.

Mas não temos o direito
de brincar com os sentimentos
dos outros e nem permitir que
brinquem com os nossos.

Deslizar e cair uma vez,
duas, pode acontecer,
mas à partir do momento
que isso se torna um hábito é
que algo está muito errado.

Devemos aprender a dizer
"não" quando isso significa
reinvindicar o respeito próprio.

Cada um tem o direito
de viver com dignidade
e não podemos ser nada para
o mundo se já não
somos capazes de nos olhar
no espelho e sustentar
nosso próprio olhar.

Ame o mundo e ame ao outro.
E ame-se também,
assim como amou e ama
Aquele que te criou.

Perdoe e perdoe-se!
E não pare no caminho,
nem olhe para trás.
Há diante de nós um Éden
que nos espera e devemos viver
de maneira a sermos dignos de
passar por essa porta.

AUTORIA: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 14 de Novembro de 2.010.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quando a vida sorri

Nem tudo é preto e nem
tudo é branco na vida.
Se muitas vezes
temos a impressão que
o mundo e todas as misérias dele
recaem sobre nós é por
que não olhamos com mais
objetividade para nosso interior
ou os passos
que deixamos para trás.

É próprio do ser humano,
ou da maior parte dele,
de revisitar a vida mais facilmente
nos momentos dolorosos.
Vamos,
passo a passo,
revendo isso mais aquilo,
sempre somando as tristezas.

Parece que queremos nos
convencer da nossa razão
de tristeza existencial,
provar a nós e aos outros o
quanto somos
privados da felicidade
que cremos
(mas só cremos!)
destinada a alguns privilegiados.

Há cada ano quatro estações
distintas que nos
mostram que a vida está
sempre em movimento.
Há cada dia
variações de temperatura
e de luminosidade que provam
que a vida não é estática.

E é assim conosco.

Depois das primeiras horas,
primeiros dias e primeiros
anos muito e muito aconteceu.

Por que então privilegiar
os momentos onde a vida
pareceu mais árdua,
por que medir os rios de
lágrimas que choramos e não
os quilômetros de sorriso que demos?
Mesmo se poucos
(e o que é pouco na contagem de uma vida?),
esses momentos existiram.
Com certeza, existiram.

A vida sorri aqui e acolá.
Sorri quando nasce uma criança,
quando brota uma flor,
quando as férias chegam,
quando revemos alguém
depois de longo tempo,
quando nosso coração descobre
a alegria de enxergar outro coração
e assim por diante.

Não fugindo da realidade
que nos cerca e que
devemos enfrentar,
é bom relembrar o que de bom
e bonito nos aconteceu.
Visitar mais vezes nos recantos
da mémória o bem que nos fizeram,
o dia mais marcante,
os momentos que compartilhamos
e as gargalhadas que demos.

Devemos acreditar que no muro
que está diante de nós
pelo menos uma janela
vai se abrir,
assim como se abriram
as portas pelas quais atravessamos
e que nos conduziram até o hoje.

Quando a vida nos sorri
devemos tirar um retrato
dela e colocar num
grande quadro,
bem visível no lugar que
mais ficamos na nossa casa.
E olhar pra ele mais vezes,
mais intensa e mais profundamente.

Um momento de felicidade
pode ser muito maior e compensar
centenas de outros menos alegres.
Se acreditamos nisso vivemos muito
mais e muito mais serenamente.

AUTORIA: Leticia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 07 de Novembro de 2.010

É triste dizer adeus

É triste dizer adeus,
mas às vezes é necessário.
Não podemos prender a
nós definitivamente as pessoas
que amamos para suprir nossa
necessidade de afeto.

O amor que ama,
aprende a libertar.

Procuramos ganhar tempo
para tudo na vida.
Mas a vida,
quando chega no próprio limite,
despede-se e é esse último
adeus que é difícil de compreender e,
mais ainda, aceitar.

Possuímos um conceito
errado do amor.
Amar seria,
no seu total significado,
colocar a felicidade do outro
acima de tudo,
mas na realidade é a nossa
felicidade que levamos
em consideração.

Queremos os que amamos
perto de nós porque isso
nos completa,
nos deixa bem e seguros.
E aceitar que nos deixem é a
mais difícil de todas as coisas.

Não dizemos sempre que
queremos partir antes de
todos os que amamos?

Isso é para evitar nosso
próprio sofrimento,
nossa própria desolação.
É o amor na sua forma egoísta.

Aceitar um adeus definitivo
é uma luta.

Se as perdas acontecem
cedo demais ou de forma inesperada,
o sentimento de desamparo
é muito maior e a dor
mais prolongada.

É o incompreensível casando-se
com o inaceitável e o tudo
rasgando a alma.

Essas dores poderão se acalmar,
mas nunca se apagarão.
Mas quando a vida chega ao
final depois de primaveras e
primaveras e outonos
e mais outonos,
nada mais justo que o repouso
e aceitar a partida é uma forma
de dizer ao outro que o amamos,
apesar da falta que vai fazer.

Não podemos prender
as pessoas a nós para ter
a oportunidade de dizer tudo
o que queremos ou fazer
tudo o que podemos por elas.

De qualquer forma,
depois que se forem,
sempre nos perguntaremos se
não poderíamos ter dito ou
feito algo mais.

Mas essas questões
são inúteis.

O amor que ama integralmente
não quer ver o outro
sofrer e ele abre mão dos
próprios sentimentos para que
o destino se cumpra,
para que a vida siga seu curso.

As dores do adeus são as
mais profundas de todas.
Mas elas também amenizam-se
com o tempo e um dia,
sem culpa, voltamos a sorrir,
voltamos a abrir a janela
e descobrimos novamente
o arco-íris da vida.

Depois da tempestade
descobrimos um dia novo
e o sol brilha de
maneira diferente.

E talvez seja assim
que aprendemos a dar
valor à vida,
aos que nos cercam;
aprendemos a viver de forma
a não ter arrependimentos
depois e aproveitar ainda
mais cada segundo vivido em
companhia daqueles que
nosso coração ama.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 31 de Outubro de 2.010.