segunda-feira, 31 de maio de 2010

O direito de ser

Se a dor é individual,
se o amor é individual,
com que direito as pessoas querem
escolher o que é melhor para os outros?

Não,
não e mil vezes não!

Ninguém tem o direito
de interferir na felicidade de
outra pessoa.
Cada qual deve conhecer
os limites do seu próprio jardim
e também os do vizinho,
filhos, pais e amigos.

Medo de que o outro
se engane e seja infeliz?
Cada qual deve ter sua quota
de responsabilidade naquilo
que faz ou deixa de fazer,
deve ter o direito de experimentar
o doce da felicidade e o
amargo das decepções,
se for preciso.

Isso chama-se respeito
à individualidade de cada um,
dar-lhe o direito de ser e
ser completamente,
exatamente como desejamos
para nós mesmos,
exigimos até.

O difícil no relacionamento
entre as pessoas é saber até
onde deve-se ir.

O fio que separa o amor
que sentimos e a liberdade
do outro de ser e de escolher
o que quer ser é frágil,
mas ele existe.

Mesmo com todo amor que sentia,
com os riscos, perigos e tentações,

Deus deixou o homem
livre para tocar ou não na árvore,
provar ou não do fruto.
E não o amou menos por isso,
nem renegou.

Ensinou-nos que amar
significa cercar o outro de amor,
mas sem prendê-lo,
sem impedi-lo de respirar
e de ser o que deseja ser.

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COMENTÁRIOS DA AUTORA

Podemos cometer erros graves
em nome daquilo que chamamos
de amor e amizade.

Podemos,
na nossa ânsia de querer
o bem do outro
(para satisfazer nossa própria necessidade)
interferir na sua vida e impedi-lo
de viver os pedaços de dias,
os sonhos e as necessidades
que só cabe a ele.

Quando pequenos,
escolhemos para nossos filhos,
porque é assim a vida e que
estamos aqui para dar-lhes
o alicerce da vida,
no nosso ponto de vista.

Mas, crescendo,
crescem também suas asas,
desenvolve-se sua personalidade,
um ser humano à partes iguais
a nós se forma.

E mesmo se não concordamos
com suas escolhas,
não existimos para julgá-los,
mas para amá-los e ensinar-lhes
o respeito do ser humano.

Deus,
com grande maestria,
plantou um jardim,
deu forma a ele e pôs nEle a
coroa da Sua criação,
para que pudesse ir e vir.

Deu-lhe o sopro da vida
e a liberdade de escolher.

Acolheu-o
certamente com lágrimas,
mas com os braços abertos
e o coração inteiro.

Por que nós,
imperfeitos e clamando
o direito de ser,
permitimo-nos julgar e condenar ?

Cada qual tem o
seu direito de viver a vida,
beber dela, mergulhar nela,
buscar seus pormenores,
cair aqui e caminhar ali,
receber o sol e a chuva como
bênçãos oferecidas por Aquele que,
mesmo depois de estarmos
fora do Jardim,
plantou-nos novas flores e
deu-nos uma chance mais
de ser feliz.

O texto de hoje é pequenininho,
mas penso que fala muito para
quem tem o coração aberto.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 30 de Maio de 2.010.

Três partes

Vamos juntar três partes
importantes da sua vida:

O passado,
que te trouxe até aqui
o presente,
que te mantem aqui,
e o futuro,
que as vezes te arrasta daqui.

O passado,
que pode ser a fonte de
alguma dor agora,
é a base
fundamental do seu presente,
mas não é essencial.

Essencial é o dia de hoje,
que agora chamamos de presente,
e que na virada do dia,
será passado.

Por isso,
não se perca em
filosofias complicadas,
em estudos complexos
dos nervos e dos sentimentos,
viva o simples.

Raciocine:
dá para refazer os passos de ontem?

Então,
se descobrir que não dá,
e realmente não dá,
comece a caminhar na nova
estrada que se abre,
com uma vantagem:
você pode evitar os caminhos
que um dia entrou e viu que
não levava a nada.

Agora você já tem
uma certa experiência,
então,
viva a possibilidade de
errar menos.

Sim,
vamos errar ainda,
vamos dar "cabeçadas",
mas,
vamos acertar muito também,
e quem sabe, num desses acertos,
vem o amor da sua vida,
a conquista do emprego tão sonhado,
um novo prazer,
um hobby,
uma descoberta em você.

O passado é uma viagem
já realizada.
O presente uma escolha
de bilhetes;
e o futuro,
o embarque ao destino
escolhido.

Escolha bem o seu roteiro e seja feliz!

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 23 de Maio de 2.010.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Respostas do tempo

Quem tem a resposta
para todas as perguntas
que te afligem?

Creio que ninguém,
porque somos uma caixinha
de emoções.

Quando resolvemos uma coisa,
logo aparece outra dúvida.
Quando escolhemos um caminho,
logo vem duas esquinas,
duas opções,
dois destinos...

Por isso,
não fique parado na
esquina do tempo,
remoendo o passado,
chorando pelo que não foi,
amargurado pelo que foi
e não deu certo.

Antes,
levante a cabeça,
olhe para o horizonte,
veja as cores que faltam para
transformar o seu dia:
o azul do céu,
que remete a paz,
o esverdeado do mar,
que lembra esperança,
a espuma das ondas que
quebram na praia,
que lembram a força que
precisamos ter,
para ser
o que desejamos ser,
para ter,
o que queremos ter.

Não desanime!
Nunca pare de lutar!

O dia se abre em
oportunidades para os que
sabem olhar,
para os que impossibilitados de andar,
se arrastam,
para os que não enxergam,
tateiem o mundo,
para os que estão sem chão,
uma oração,
o alívio que vem do mais alto,
chega direto ao coração.
É tempo de vencer barreiras,
sentir que tudo é novo,
até o que é velho,
ultrapassado,
pode ser renovado.

Só depende de você,
sinta-se pronto e muito amado.

Acredite,
o seu tempo de vencer,
chegou!

Eu acredito em você!

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 16 de Maio de 2.010.

Ser mãe

Ser mãe dói.

Dói quando o filho nasce
e ela se pergunta como
vai saber educar.

Dói quando,
tendo o futuro todo pela frente,
ela se sente perdida,
como se o mundo não
tivesse continuação.

Dói quando filho chora de noite
e ela não sabe bem
como acalmá-lo.
Ela aprende, então,
a interpretar cada choro pra
entender seu bebê.

Ser mãe dói quando filho
fica doente e ela quer trocar
de lugar com ele
e não pode.

Dói quando ela não
sabe o que fazer.

Ser mãe dói quando filho
não quer começar a escola
e ela precisa fazer um esforço
sobrenatural para não chorar
e deixá-lo começar a vida de
gente grande.

Ela chora escondido depois.

Mas dói também, quando,
deixando o filho na escola,
ele dá um sorriso e diz adeus.

Dói sentir que ele desprega-se,
solta-se,
torna-se independente.
Como dói!!!

Ser mãe dói quando filho
tem problemas na escola
e ela precisa ouvir com
naturalidade as queixas.

Dói a adolescência,
as questões existenciais.

Deve doer demais ver
um filho indo para a guerra.

Deve doer imensamente
ver filho seguindo caminhos
diferentes dos
que julgamos corretos.

Mãe que vê filho sofrendo,
sofre dobrado.

Ser mãe é uma missão
que dói a vida inteira.

Ser mãe é ter a dádiva do dar.
Ela planta e sabe que não é pra ela.

Jesus também teve mãe.

E deve ter doído nela mais
que em qualquer outra
mulher do mundo.

Uma mãe é uma ponte
entre os céus e a terra.

É o ser escolhido por Deus,
certamente o mais bendito
de toda a criação,
para que a terra se encha
e se multiplique.

Ser mãe dói sim.
Mas engrandece também.

A medida da dor é também
a medida da alegria de
ver filho feliz.

A maternidade é a corôa
de toda mulher.
De espinhos...
mas de flores também!

Benditas sejam todas as
mães do mundo!!!

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 09 de Maio de 2.010.