quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Aparências

Talvez, dentro de um ônibus apertado,
ou em seu carro velhinho, ao ver alguém passando
com o carro zero que você tanto sonha,
você inveje essa pessoa,
sem saber que ali está uma pessoa aflita,
com prestações atrasadas
e perto de perder o que nem conquistou.

Não se deixe levar pelas aparências,
nem se fie em palavras ou discursos,
observe os atos, os resultados.

Não se preocupe em ser o gênio da escola,
já vi os "menos inteligentes" da sala,
anos depois se transformares em
donos de empresas,
e até aqueles que fugiram da escola,
chegarem a presidência...

Por isso:
Não olhe para o que você tem,
nem se apegue ao que disseram,
as pragas que rogaram,
ou o que deixaram de dizer,
não procure pelos diplomas na parede,
olhe para dentro de você,
para os seus objetivos.

Não importa quanto você tem,
mas quanto quer ganhar.
Não importa o que vai fazer,
mas como vai fazer,
por isso, alma querida,
faça sempre o seu melhor.

Olhe para os objetivos como se fossem montanhas,
e avance, passo a passo,
degrau por degrau,
em breve,
apesar do cansaço e dos tropeços,
a montanha vai diminuindo e ficando
cada vez menor,
e você, com a vitória nas mãos,
cada vez maior.

Eu acredito em você

TEXTO: Paulo Roberto Gaefke
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 30 de Novembro de 2.008.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Se o amor pudesse gritar

Não sei dizer se é a falta do tempo,
ou não querer perdê-lo,
que nos leva a buscar coisas prontas ou pelo
menos que nos dêem o menos trabalho possível.

É como se quiséssemos cortar
caminho para chegar ao mesmo ponto
que o coração visa.

No nosso relacionamento com outras
pessoas temos também uma certa tendência a,
ao invés de construir relações,
querer encontrar coisas feitas,
situações prontas e que nos dêem segurança.

Construir significa ter trabalho,
empenhar-se, dar de si e, por que não,
ceder e perder-se um pouco na busca
de um encontro profundo.

Nos lamentamos pelo que não foi
construído para nós e nos esquecemos
do nosso poder de reparar,
recuperar e reconstruir.

Se temos um sonho,
por que esperar que outros ponham
as escadas no caminho para que
subamos às nuvens?
Colocando, nós, cada degrau,
saberemos onde estaremos pisando.

Aquilo que exige de nós tempo
e esforço merecerá uma alegria muito
maior no dia da conquista.

Uma das histórias reais e mais bonitas
que conheço é essa dessa filha que foi abandonada
pela mãe quando criança.
Ela cresceu com o sonho de ter
uma mãe e já na idade adulta
procurou pela mesma,
colocando de lado todos os porquês
de tanto abandono,
de tantos anos de dor e solidão.

Ela "decidiu" ter a mãe e tem.
Cuida dela como se fosse a flor mais linda
e preciosa do mundo,
por que ela conhece o que é desejar
e não ter e escolheu não viver a vida
lamentando-se pelo tempo perdido.

Constrói álbuns à partir do tempo que recuperou,
vai acumulando lembranças para o dia do amanhã
e saudade sincera para o possível dia da partida.

Penso que abençoada é essa mãe
e preciosa é essa filha.
Precioso é esse ser humano.

Nossas razões nos colocam limitações.
Os erros alheios nos parecem imperdoáveis
e punidos somos nós pela rejeição
da construção de uma vida diferente e nova,
os quais seríamos o arquiteto,
pedreiro e feliz proprietário.

Quando deixamos de falar com uma
pessoa porque nosso coração ficou ferido,
vamos colocando a felicidade num
passo a frente e aquele momento
de zanga fica perdido.

Se tínhamos dez oportunidades de sermos felizes,
teremos apenas nove porque nosso coração
foi orgulhoso demais e isso falou mais alto.

Toda felicidade não é utopia.
Utopia é pensar que permanecendo na
nossa dureza e guardando nossas razões
estaremos ganhando alguma coisa.

Sonhos não são quimeras,
são desejos que nosso coração pode realizar.

Se o amor pudesse sempre gritar,
se ele pudesse segurar nosso rosto para
a direção do sol e das flores,
seríamos mais felizes,
menos sérios, menos graves,
mais leves,
mais próximos do céu.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 23 de Novembro de 2.008.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Falando com nossos botões

Falamos com nós mesmos todos os dias,
mesmo se nos custa confessar.
Saber que todos fazem isso nos assegura,
nos tira da classe dos anormais
e nos coloca ao mesmo nível que
outros seres humanos.

Entretanto,
temos que saber até onde vão os limites.
Mas um louco consciente da sua loucura,
já não é louco,
mas um ser humano consciente
das suas limitações.

Um momento a sós com nós é preciso e benéfico.
Pessoas que sentem a necessidade
constante de estar em movimento,
no barulho, na agitação evitam,
muito provavelmente,
de pensar nos próprios problemas,
seja por medo de enfrentá-los,
seja por que não sabem como resolvê-los.

O que ignoramos nos faz menos mal.

Ao inverso,
fechados demais e pensando demais
é que algo também não vai bem.

A boa medida,
sempre e em tudo,
traz equilíbrio para nossas vidas.

Em alguns momentos precisamos
conversar com nossos botões.
Ver, talvez,
e rever nossos conceitos da vida,
nossas fragilidades,
tentar encarar com honestidade nossos
sentimentos em relação aos outros,
uma forma de nos tornarmos
pessoas mais sãs,
mais preparadas para contribuir
na construção do mundo.

Não podemos consertar o mundo
se nós mesmos nos sentimos quebrados.

A paz que damos é a que possuímos,
então precisamos buscá-la,
transformando as pedrinhas que nos machucam
em pontes que nos ligarão a outras pessoas.

A solidão é um mal e queremos fugir dela.
Mas nós atraímos ou afastamos as pessoas,
segundo nossa vida,
nossa maneira de enfrentar
uma coisa ou outra.

Ninguém é responsável pela nossa vida.
Somos grandes.
Somos raios de sol e os que querem
calor e luz se aproximarão.
A nós cabe brilhar.
E todos conhecemos a fonte.
E para quem ainda não encontrou o caminho,
é só procurar.

TEXTO: Letícia Thompson
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 16 de Novembro de 2.008.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

A melhor saída é a entrada

Quantas pessoas estão neste momento desanimadas,
desacreditadas e, no desespero,
acabam buscando respostas em bocas de lobos,
disfarçados de ovelhas, prontos para a ursada.

Muitos querem encontrar
uma saída quando que na realidade
deveriam procurar uma entrada...
Na porta certa.

Muitas das vezes,
quando vamos atrás de uma saída,
o espaço é tão imenso que nos perdemos.
Tropeçamos, caímos, nos machucamos,
nos decepcionamos e quando percebemos
estamos à beira de um abismo.

Em muitos casos,
um simples “toque” será suficiente
para cairmos em sua profundeza.

Há pessoas que solicitam conselhos
e opiniões de pessoas errantes,
sem examinar a idoneidade moral
de seu conselheiro.
O status social nem sempre significa que
a pessoa tem um bom caráter.

Feliz o ser humano que não busca
conselhos dos ímpios.
O rei Salomão nos dá uma grande
lição de humildade,
pois apesar de sua reconhecida sabedoria,
mantinha um grupo de conselheiros.

Em Provérbios,
aprendemos que os planos podem fracassar
por falta de conselho,
mas tem maior probabilidade de serem
bem sucedidos quando contam com
conselheiros capazes e sinceros.

Um exemplo?
Usuários de drogas.
Essas pessoas têm que buscar uma
entrada ao invés de uma saída,
principalmente,
em caminhos que estejam repletos
de amizades sadias,
de Paz e de respeito entre as pessoas.

Muitos se iludem com a beleza do produto
externo por sua luminosidade e cores,
mas seu conteúdo é significante e
pode ser perigoso.

Jesus,
não é a saída e sim a porta de entrada
para a libertação que nos levará,
certamente, a uma nova vida.

Sou tuitivo em relação a Jesus,
pois nunca usou de sofisma e respondeu
ao descrente Tomé:

“Eu sou o caminho a verdade e a vida”.

Estas são as três entradas,
e necessidades básicas,
para todo ser humano.

Jesus é o caminho que nos leva
à verdade anunciada pelos profetas,
à salvação e a vida eterna na
Glória de Deus.

Jesus disse:
“Eu sou a porta;
quem entra por mim será salvo.
Entrará e sairá,
e encontrará pastagem”.

TEXTO: Elias Torres
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 09 de Novembro de 2.008.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

OS QUE NUNCA PARTEM

Eu me lembro que quando era muito jovem,
ouvia os adultos comentarem:
fulano partiu.
Esta era a forma que eles achavam
menos sofrida de falar que alguém
havia morrido,
principalmente quando estavam perto de crianças.

Era um jeito delicado que eles tinham
de citar a morte sem que ela parecesse
tão chocante.
Cresci e comecei também a falar assim
- fulano partiu -
acabei achando menos dolorido,
menos violento se referir à morte dessa maneira.

Quando se diz que alguém morreu,
dá a impressão que se acabou,
desapareceu e imaginar que alguém que queremos
bem acabou ou desapareceu pra
sempre é terrível.

Dói mil vezes mais do que precisar enfrentar
a sua própria ausência.
Partiu já é diferente,
dá uma sensação de que em algum
ponto da vida nos reencontraremos com
essa pessoa querida novamente.

Fica mais fácil imaginar que ela viajou,
uma viagem sem data pra voltar,
mas com retorno garantido.

Enfim,
descobri recentemente,
que existe uma outra categoria dentro
desse universo.
São aqueles que nunca morrem e,
portanto, jamais partem.

São aqueles que embora desapareçam
de nossas vistas,
eternamente se fazem presentes em
nossa memória e nosso coração.
Os que nunca partem são as pessoas que
nortearam nossos dias,
colocaram um significado importante neles
e deixaram uma marca tão profunda em nós
que não importa onde estejam,
porque ao nosso lado,
de alguma forma,
sempre estarão.

Morrer, partir, são coisas simples,
coisas do dia-a-dia.
Acontece toda hora,
em todo lugar,
com todas as pessoas.

Os que nunca partem e os que nunca
passam pela dor de assistir alguém
querido partir são os felizardos dessa vida.

Dores momentâneas,
saudades e ausências à parte,
felizes daqueles que amaram
alguém nessa vida a ponto de jamais
deixá-los partir de seus corações.

Se quando eu me for,
por desígnio de Deus,
uma única pessoa não me deixar
partir me guardando dentro do seu peito,
eu direi que valeu a pena ter
passado por aqui e que minha estada
nessa vida não foi em vão.

Mas enquanto ainda estou por aqui,
só tenho a dizer que dentro de mim moram
pessoas que nunca deixei que
partissem verdadeiramente,
assim,
como não deixarei que partam,
jamais,
algumas que ainda estão por aqui.

Os que nunca partem são aqueles que
descobriram o segredo de brilhar na terra,
mesmo antes de chegarem ao céu
e se tornarem estrela.

TEXTO: Silvana Duboc
* * * * *
Texto enviado aos amigos do Grupo Mensagem de Domingo,
dia 02 de Novembro de 2.008.